Depois da música em homenagem ao Aldir, nasceu outra, também em parceria com o Nelson.
A ideia de fazer essa letra veio da lembrança de um dia eu ter ido ao Bode Cheiroso e ter reparado que, numa mesa ao lado da minha, um homem ouvia, sem incomodar ninguém, "Disritmia" do Martinho da Vila. Eu tinha tomado algumas cervejas e só depois de algum tempo notei, pela proximidade das mesas, que alguém ouvia "Disritmia".
Durante a pandemia, trancada em casa, me lembrei desse episódio e criei o personagem que aparece na composição "Bar do Bode".
BAR DO BODE (Nelson Borges/ Thaís Velloso)
No bar do Bode
Ouço um samba do Martinho
Mais um de porre
Bebe e canta sozinho
Aqui na Canabarro
Eu já gargalhei
Me confessei
E se bem sei
Fiz o diabo
Chego bem cedo
Me embriago lentamente
E desta mesa vejo a vida melhorar
Entre torresmos, cervejas e batidas
Fico mais certa de que estou no meu lugar
No bar do Bode
Ouço um samba do Martinho
Mais um de porre
Bebe e canta sozinho
Aqui na Canabarro
Eu já gargalhei
Me confessei
E se bem sei
Fiz o diabo
O camarada segue na disritmia
Não sei de nada, mas, não nego, arriscaria:
Ele sente a falta daquela mulher
Que sabiamente preferiu a boemia
E o tempo passa
Como um samba do Martinho
Devagarinho vejo o dia entardecer
Quando anoitece, peço um pernil na orgia
Se pudesse eu ficaria
Até o sol renascer
No bar do Bode
Ouço um samba do Martinho