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No dia 29 de julho de 2024, apresentei meu trabalho "Na beira do abismo, samba": a cronista Eneida e o Carnaval carioca no Seminário Internacional Fazendo Gênero 13. Foi bem legal poder levar a obra de Eneida para o maior seminário internacional do país sobre questões de gênero.


E na manhã dia 31 de julho ministrei, com o doutorando Kaio Rodrigues, o minicurso "Eu-mulher em rios vermelhos/ inauguro a vida": alguns contos de autoria feminina no Brasil contemporâneo, planejado por meio da seleção de obras de Conceição Evaristo, Giovanna Madalosso, Eliane Alves Cruz e Cíntia Moscovich.

 

Atualizado: 1 de jul.

Quando comecei a ler Eneida, soube que precisaria conhecer sua cidade natal, Belém do Pará, e o planejamento para isso foi acontecendo ao longo de 2023. Em abril de 2024, me senti absolutamente realizada por fazer essa viagem a Belém, onde visitei a Coleção Eneida de Moraes na UFPA, estive nos lugares pelos quais a autora passou e aqueles que registrou em suas crônicas - como a rua em que Eneida morava, a Benjamin Constant, o Theatro da Paz, entre outros.


Também consegui ver a exposição "Eneida Simplesmente" no Palacete Faciola e pude conhecer a cineasta e produtora Zienhe Castro, diretora e produtora do curta "Promessa em Azul e Branco", inspirado em crônica de Eneida. Por fim, já de volta ao Rio, tive a alegria de estabelecer contato com Luiz Guilherme de Souza Pereira, porta-estandarte do Império de Samba Quem São Eles no ano em que a Escola homenageou a escritora (1973).


Na Biblioteca Central da UFPA, visitando a Coleção Eneida de Moraes
Na Biblioteca Central da UFPA, visitando a Coleção Eneida de Moraes

A sensação de estar em Belém para uma pesquisa intensa foi tão boa que vale registrar o orgulho de ser uma pesquisadora da universidade pública brasileira e de dedicar minha tese de Doutorado a essa mulher incrível, que se tornou enorme referência para mim. Viva Eneida!


Para além da pesquisa, fiquei apaixonada por Belém, sobretudo pela comida de lá, uma das melhores - senão a melhor - do Brasil.

 

Atualizado: 25 de abr.

Apresentação no Instituto de Letras da UERJ
Apresentação no Instituto de Letras da UERJ

Estive na UERJ, em novembro de 2023, para participar do Seminário dos Alunos de Pós-Graduação em Letras da UERJ, com comunicação sobre a jornalista, escritora e feminista Carmen da Silva. Foi ótimo poder apresentar um trabalho sobre autoria feminina nesse espaço tão acolhedor.


Reproduzo uma síntese do trabalho, disponível no caderno de resumos (p. 228):


Carmen da Silva: jornalista, escritora e feminista

Thaís Fernandes Velloso (UFRJ/CAPES)


O resgate de produções de autoria feminina, algo que vem sendo realizado com mais frequência nas últimas décadas, corresponde à tentativa de reduzir o que a pesquisadora Constância Lima Duarte chama de “memoricídio”, termo que tem como significado o apagamento de escritoras dos cenários histórico e literário a fim de silenciá-las e inviabilizar suas produções. Com base nessa perspectiva e com o compromisso de analisar brevemente a produção de Carmen da Silva na imprensa brasileira, este trabalho explora a atuação profissional da referida jornalista e escritora, tendo como foco o caráter feminista de seus textos. Para isso, abordamos os estudos de Sylvia Paixão, em especial seu ensaio “Clarice Lispector e Marina Colasanti: mulheres no

jornal” (1995), que discute a ausência e a conquista de espaço pela mulher nos jornais brasileiros; de Ana Rita Fonteles Duarte, a respeito da trajetória da autora, no livro Carmen da Silva: o feminismo na imprensa brasileira (2005); e de Beatriz Sarlo, acerca das temáticas da memória e da subjetividade, exploradas na obra Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva (2007). A partir dessa discussão, a pesquisa focaliza a leitura do artigo publicado no jornal Mulherio em março-abril de 1 981, intitulado “Abracadabra!”, no qual Carmen da Silva estimula as mulheres a assumirem seus próprios destinos. Assim, será possível atestar a relevância da jornalista e escritora como feminista no cenário brasileiro, considerando a relação de seus escritos com a crítica ao patriarcalismo e com a experiência de ter acompanhado o autoritarismo de um governo argentino, regime que lhe proporcionou uma “consciência coletiva” responsável por inspirá-la a produzir seu primeiro romance e a responder as cartas que recebia de leitoras de sua coluna em periódico – tema do texto “Abracadabra!”.

 
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© Todos os textos são de autoria de Thaís Velloso, exceto quando indicado. 

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